nenhuma palavra pode traduzir o que estou sentindo agora; talvez não seja um sentimento – só mais um sentimento –, talvez seja um pensamento sobre algo que jamais tentei pensar.
talvez eu tenha pensado demais em você – pois, sim, com certeza é pra você que escrevo essas palavras. escrevo, talvez, só para não deixar em branco; isso são pensamentos livres, desconexos, e que não querem chegar a lugar algum. eu queria que você lesse isso – eu te vejo em meus pensamentos agora. eu ainda não me esqueci de você; afinal, por que esqueceria? você está sempre aí, indo e vindo, mesmo sem querer, ou perceber que está sendo sentido, observado, e, sim, eu gosto de saber que está aí, mesmo que não seja por mim, mesmo que eu te veja e você não...
veja tudo isso como um imenso sonho; o mais variado dos sonhos e que, de certa forma, não podemos controlar, é um sonho que vai de um lindo arco-íris ao mais tenebroso pesadelo. a última coisa que se pode querer nesse sonho é acordar – aí tudo acaba e tudo o que foi construído desaba e eis que tudo tem um fim.
pensamentos que se apagam; vozes que ainda lembram o teu nome. apagam-se as luzes, ascende-se a alma. desejos vêm e vão, mas o dia não vai voltar.
agora ainda posso brincar com a água, pelo menos enquanto meus pés ainda tocam o chão – mas aonde isso vai me levar? amanhã cedo, quando eu acordar, horas não aproveitadas terão passado. a cada segundo meu relógio está mais perto de parar. hoje a Terra completou um giro a menos na contagem regressiva para o último. mas aonde eu quero chegar?! bastava dizer: CARPE DIEM – aproveita o teu dia.
e os túneis construídos em castelos de areia? de que valeu meu eu te amo? não me diga que foi dito em vão; ou que, talvez, em vão ele foi dito. pode ser que seja só uma maneira de dizer que enquanto houve um começo, há de haver um fim. há de haver luz no fim do túnel; há de haver fim na luz do túnel.
por um momento, a atenção de meu pensamento desviou-se de você; senti como se você estivesse se distanciando; não me tardei a pensar que fosse proposital, que, por algum motivo, sei lá eu qual, você estivesse querendo me ver longe de você.
me senti sozinho agora.


texto velho. não coloquei data no manuscrito; não sei de quando é. pela letra, é de uns quatro anos atrás.

Um comentário:

  1. Um dia ainda conseguirá me fazer chorar com teus textos! =x

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